Alergia a Pólen
Durante a florada das plantas a umidade ambiente dispara a produção de pólen das gramíneas, árvores, arbustos, etc… Substâncias causadoras de alergias existentes no pólen podem atacar a pele, olhos e trato respiratório. A asma sazonal está correlacionada com a existência deste pólen. O pólen contribui para problemas respiratórios. Descobriu-se que fragmentos de grãos de pólen chamados de partículas de sub-polén (PSP) são capazes de alcançar o sistema inferior do trato respiratório produzindo a asma.
No hemisfério norte o pólen de Erva de Santiago (Ambrosia artemisiifolia) e a Anserina (Amaranthus retroflexus) são problemas bem conhecidos de indivíduos alérgicos. Descobriu-se que ambas as plantas contém NAD(P)H oxidases e que a exposição a estas substâncias gera inflamação do epitélio pulmonar após alguns minutos e que estas sub-partículas de pólen de 0,5 a 4,5 mµ (milimicra) de diâmetro são capazes de atingir o sistema respiratório inferior e que contém os mesmos alergênicos tipo NADH e NAD(P)H oxidases que causam inflação do epitélio. O pré-tratamento com inibidores de NADH e NAD(P)H oxidase, reduz a habilidade de desenvolver oxigênio reativo e as inflamações respiratórias abrindo interessante caminho para o campo da pesquisa.
Teoria do Espirro e do Pólen
Todo o alérgico com problemas sazonais conhece a causa seu problema – o pólen. Os alergistas sabem que o pólen faz as pessoas espirrar porque o corpo sentindo sua presença nas vias respiratórias, invasão das proteínas do pólen, produz enorme quantidade de células inflamatórias tipo neutrofilas e eosinofilas para combater o intruso na tentativa de eliminá-lo. Os espirros são parte do processo de expulsão dos intrusos, uma resposta descontrolada, que tenta expelir um corpo estranho vivo em seu sistema.
Alergias e Aquecimento Global
Cerca de 50 milhões de pessoas nos EUA sofrem de alguma forma de alergia. Muitas alergias como a febre do feno e eczema são um incomodo, mas não chegam a causar óbitos, ao contrário da anafilase. De acordo com o Instituto Nacional da Alergia e das Doenças Infecciosas Americano, 90% das crianças asmáticas e 50% dos adultos sofrem de alergias. A asma conta com 500 mil hospitalizações por ano e é a principal razão de falta às escolas e cresce 5% a.a.. Os problemas alérgicos se manifestam nas partes do corpo mais sujeitas ao contato direto com os alergênicos, a pele, pulmões, olhos lacrimejantes e nariz.
Aquecimento global pode aumentar problemas alérgicos ligados a corizas, asma e espirros
O aumento do consumo de combustíveis fósseis, vem agravando, principalmente neste século, o nível de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera originando o conhecido efeito estufa. Entretanto, paralelamente ao aumento de CO2, observa-se um aumento da atividade das plantas que produzem mais pólen e, conseqüentemente, a incidência de alergias e asma nas pessoas. Um estudo publicado em Março de 2002 no “Annals of Allergy, Asthma, and Immunology” indica que quanto maior a concentração de dióxido de carbono (CO2) maior será a produção de pólen, sendo aquele o principal combustível da fotossíntese das plantas.
O pólen das plantas é alergênico e aumenta os sintomas da asma. Experimentos com a Erva de São Tiago (Ambrosina spp.), uma das mais estudadas nos EUA, demonstraram claramente que, quando cultivada a 370 ppm (partes por milhão) de CO2, atual concentração na atmosfera, e quando cultivada a 700 ppm, esperado para a segunda metade do século (2050), as plantas produzem 60% mais pólen, mas aumentam o seu tamanho em apenas 9%, mostrando o claro direcionamento de energia para o sistema de reprodução.
O aquecimento global é portanto responsável por invernos mais quentes, primaveras prematuras e maiores estações de crescimento das plantas além de maior quantidade de pólen. Em anos recentes conta-se o número de grãos de pólen por metro cúbico (nr./m3) em milhares de grãos/m3, bem acima do indicativo de alerta da “American Academy of Allergy” para asma de 500 a 1500 núcleos de pólen/m3.
Devido à esta ocorrência crescente de alergênicos em ambientes fechados do tipo pólen, poeira de ácaros, fungos e bolores, resíduos de animais domésticos, etc., as crianças, com sistema imunológico mais fraco, estarão obviamente mais sujeitas a doenças alérgicas no futuro. Maiores informações sobre Alergias.