Asma – Problemas Respiratórios
A respiração, por ser algo tão natural, parece não merecer importância, entretanto, o fato de aspirarmos um invisível fluxo de gases, aerossóis, partículas, micróbios, pólen e poeira para dentro dos nossos pulmões pode fazer a diferença entre saúde e doença a longo prazo. Cinco por cento (5%) da população tem asma ou dificuldades respiratórias, mas este número tem aumentado muito na ultima década (40%) sendo acompanhado pelo número de óbitos por doenças respiratórias, no período de 1979 e 1992 (60%) e continuamos a ver as salas de emergência de hospitais cada vez mais cheias de crianças e adultos.
Ocorrência de asma por Idade | EUA 1980 a 1994
Pesquisadores acreditam que uma série de fatores incluindo a contaminação de ar esta causando este problema de saúde pública de disfunção pulmonar. Quando as pessoas entram em contato com alergênicos, substâncias irritantes, ar frio e vírus, ficam sujeitas a inflamações das vias respiratórias.
Cerca de 70-75% dos asmáticos são de origem alérgica, havendo pessoas entretanto que podem ter problemas respiratórios mesmo após exercícios físicos ou após tomar uma aspirina. Asma e alergias são herdadas separadamente, mas estão misteriosamente associadas. Metade dos asmáticos tem renite, 35% têm dermatite e/ou membros da família tem os mesmos problemas. A incidência da asma nas últimas décadas aumentou 52% entre pessoas na faixa de 5-34 anos e em crianças entre 6-11 anos o aumento foi de 58%.
O aumento da asma no mundo é um fenômeno alarmante, na Inglaterra entre 1979 e 1985, o número de internações hospitalares e óbitos aumentaram 100%, na Finlândia a proporção numa amostra entre militares recrutas com problemas respiratórios, aumentou 20 vezes no período de 1961 a 1989 e na Suécia e Dinamarca a mesma coisa.
Níveis de alergênicos parecem ser maiores em ambientes pouco ventilados e úmidos permitindo o desenvolvimento de fungos e mofos com outros alergênicos como resíduos de ácaros e baratas, os chamados antígenos, causando reações alérgicas piorando o quadro. Em ambientes fechados como salas de aula, quando partículas finas menores de 10 micra (D10) atingem concentrações acima de 150 microgramas/m3, os estudantes mostram imediatamente aumento de seus problemas respiratórios.
Cidades que tenham concentração de 30 microgramas/m3 de D10, o número de visitas de emergência por asma a centros médicos aumenta 12% e não é por coincidência que aproximadamente 20% dos asmáticos americanos vive em áreas onde o nível de D10 excede o padrão nacional de 150 microgramas/m3 e aproximadamente metade esta exposta a níveis que excedem 55 microgramas/m3.
Fato interessante notar é que, apesar do consumo de cigarros ter diminuído 40%, está se verificando um aumento de casos de internações e óbitos por asma e, curiosamente, tanto em cidades industrializadas como não industrializadas. O fenômeno parece ser consequência de uma série de fatores interligados com poluição industrial, aumento de pólen no ar, maior número de antígenos de ácaros e baratas no ar, maiores níveis de ozônio na superfície, particulados finos, odores, perfumes, gases diversos e aumento de estresse.