Alergias a Mofos, Bolores e Micotoxinas

Pouco se sabe dos processos alérgicos. Quando se fala em alergias, os esporos de mofo são logo lembrados, mas poucos sabem que alguns destes esporos podem proteger e reduzir a reação alérgica em crianças.

Estudos da Universidade de Cincinnati publicados em 2006 na revista “Pediatric Allergy and Immunology” indicam que, apesar da exposição a certos esporos fazer com que crianças desenvolvam alergias a pólen, ácaros, resíduos de animais domésticos e alimentos, a exposição ao Clamidosporium, um conhecido fungo da natureza, pode conferir efeito protetor e a menor sensibilidade a outros mofos. A falta de anticorpos e a falta de inoculação de microrganismos benéficos não ajudam a formar um sistema imunológico completo nas crianças.

Amostras de fungos recolhidas em 144 casas de crianças alérgicas com até 1 ano, indicaram que exposição a esporos de Basidiomicetos, Penicillium e Aspergillus, apresentavam crianças desenvolvendo múltiplas formas alérgicas e, entretanto, exposição a Clamidosporium, tinha reação inversa.

O estudo indica entre outras coisas que a falta de anticorpos e a falta de inoculação de microrganismos benéficos não ajudam a formar um sistema imunológico completo.

Esporos de Fungos, Micotoxinas e Alergias

Desde o dia em que o homem começou a armazenar os produtos agrícolas, as micotoxinas, metabolitos secundários de fungos e esporos, são alto risco para o homem e os animais. A exposição prolongada ou ocasional pode originar reações alérgicas como problemas respiratórios, convulsões, alucinações e mesmo morte.

Pesquisas recentes revelam que as micotoxinas pertencem a um vasto e variado grupo de substâncias. Até muito recentemente, o foco de estudos abordava apenas os problemas de exposição no trabalho, no armazenamento e na conservação de alimentos, mas a preocupação se estende cada vez mais para ocorrência em ambientes insalubres de problemas respiratórios em residências, escritórios e hospitais.

Roupa Espalha Esporos

Pacientes hospitalares com sistema imunológico comprometido por AIDS, quimioterapia, transplantes de órgãos, etc…, estão altamente suscetíveis a fungos oportunistas oriundos do ar via inalação.

Este é o caso do Aspergilus spp., cuja doenças pulmonar é conhecida por aspergilose e que pode ser responsável por até 40% das mortes de pessoas com leucemia. Pacientes de transplante de medula podem se infectar levando a óbito em 90% dos casos. Especialistas sabem que doenças infecciosas por bactérias e fungos, podem se espalhar pela roupa de cama e banho. Esporos de fungos oportunistas podem contaminar roupas hospitalares.

A roupa cria micro ambientes onde os contaminantes se protegem e proporcionam contato direto com pacientes. Testes com tecidos indicam que esporos de fungos como o do Aspergillus se ancoram melhor em algodão que em poliéster, rayon, etc.. Um tecido exposto um fluxo de ar de 2,5 L/min, equivalente a uma brisa suave, revela que a estrutura física do tecido favorece a retenção dos esporos. Uma simples caminhada em quartos de pacientes libera esporos da roupa dos visitantes para o doente.